Distante 244 km de São Luís, São João do Caru está localizada no oeste maranhense, microrregião do médio Pindaré, cujos limites são: Ao Norte, município de Governador Newton Bello; a Leste, município de Bom Jardim; a Oeste, município de Centro Novo do Maranhão e ao Sul, município de Bom Jardim. A estimativa da população é de 12.315 habitantes, sendo que 51,5% são homens e 48,5 mulheres, e 22,1% da população é analfabeta. Com uma área territorial de 616 km² e densidade demográfica de 17,13 hab./km² segundo o IBGE no senso de 2010. A altitude é de 50 metros.
A oeste do estado do Maranhão, no vale do Pindaré está situada a Cidade de São João do Caru – MA.
LOCALIZAÇÃO REGIONAL
São João do Caru é mais um dos municípios
maranhenses desmenbrado do município de Bom Jardim. De acordo com o
mapa, está localizado na messoregião oeste do estado do Maranhão e na
microrregião do Médio Pindaré.
LIMITES E PONTOS EXTREMOS
LIMITES
São João do Carú faz fronteiras:
*Ao norte, com o município Centro Novo do Maranhão;
*A oeste e a sul, com o município de Bom Jardim;
*A leste, com os municípios de Newton Belo e Zé Doca;
*Ao norte, com o município Centro Novo do Maranhão;
*A oeste e a sul, com o município de Bom Jardim;
*A leste, com os municípios de Newton Belo e Zé Doca;
PONTOS EXTREMOS
Os pontos extremos do município de São João do Caru, ou seja, pontos mais afastados do centro do município são:
*Ao norte com Pin Juriti;
*Ao sul, com Boa esperança “Fazenda Mendes”
*Ao leste, com o povoado “Cabeça Fria”
*Ao oeste, com o povoado “Joãozinho”
Os pontos extremos do município de São João do Caru, ou seja, pontos mais afastados do centro do município são:
*Ao norte com Pin Juriti;
*Ao sul, com Boa esperança “Fazenda Mendes”
*Ao leste, com o povoado “Cabeça Fria”
*Ao oeste, com o povoado “Joãozinho”
PROCESSO DE OCUPAÇÃO
Em 16/07/1966, deu-se início ao povoado de São João
do Caru, através de seus fundadores: José Leondida Siqueira e seu irmão
Aldenor Leondida Siqueira, procedentes do povoado Barra do Carú.
Chegaram para trabalhar em roças e exploração da caça e da pesca. A
chegada de outras famílias aconteceu logo no ano seguinte e foram elas, a
família do Senhor Faroal Leondida Siqueira, Raimundo Nonato Siqueira,
José Grande, Francisco Leonor, João Calado e também o senhor Caetano.
O primeiro fato marcante na história deste povoado e
agora cidade, foi o assassinato do Sr. Faroal, no ano de 1970. Sendo
ele irmão dos fundadores e também pioneiros na região, foi grande a
repercussão do caso, principalmente pela insignificância do motivo que
envolveu as partes.
Foi apenas o fato de que o Sr. Manoel Domingos, possuía uma nambutona e a mesma ter sido devorado pelo gato do Sr.
Faroal, daí surgia o conflito que resultou na morte com um tiro de
espingarda, desferido pelo Sr. Manoel Domingos.
Também em 1970 chegou em São João do Caru, o Sr.
José Abreu de Oliveira (Marinheiro) e família, sendo que o mesmo passara
8 dias de viagens de Novo Caru para São João do Caru. O rio caru não
dava condições de se desenvolver uma viagem com mais agilidade, pois o
mesmo era de baixa profundidade, cheio de madeira e na época havia
bastante quedas que impediam o bom desempenho da viagem.
Com o passa dos anos, com a chegada de pessoas,
foram surgindo os problemas, principalmente o da violência. Foram vários
assassinatos que que envolviam as pessoas da comunidade e deixaram
marcas profundas nos entes queridos e no povoado como um todo.
Pertencendo na época ao município de Bom Jardim, São João do Caru, pouco
sabia por parte das autoridades municipais, daí surgiu em 1976, o
primeiro candidato a vereador escolhido pela própria comunidade, o Sr.
José de Abreu Oliveira (Marinheiro), ele que foi o primeiro farmacêutico
do município e agia também como uma espécie de conselheiro,
pois quando tinha algum desentendimento entre os moradores, ele como um
senhor que tinha o respeito de todos os moradores, as pessoas levavam
até ele o caso para ser resolvido; e assim ele se elegeu com 95% dos
Votos da comunidade, sendo assim o segundo mais votado em todo município
de Bom Jardim. com o representante na Câmara Municipal o povoado
começou a receber benefícios nunca antes recebidos como: colégios
pontes, mercado, mini-posto de saúde, etc. O Sr. (Marinheiro) foi e
sempre será um grande nome em São João do Caru.
São João do Caru, teve seus momentos diferenciados
em sua história, bons e ruins, mas o fato mais marcante em toda
história, foi o sonho inacreditável que acabou acontecendo, sua
emancipação política, sua criação
como município independente de Bom Jardim.
como município independente de Bom Jardim.
A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
A luta pela emancipação política era uma constante na vida de cada caruense, principalmente das lideranças políticas aqui constituídas. Após décadas de luta e frustrações, finalmente em 1994 acontece o tão sonhado plebiscito. Assim, Fica criado, pela Lei Estadual Nº 6.125, de 10 de novembro de 1994, o município de São João do Caru, com sede no Povoado São João do Caru, desmembrado do município de Bom Jardim, subordinado à Comarca de Bom Jardim, tendo com gentílico caruense ou são joanense.
Somente em 1997 foi instalado o município, logo após eleições municipais cujo vencedor foi o Senhor James Ribeiro de Sousa.
A luta pela emancipação política era uma constante na vida de cada caruense, principalmente das lideranças políticas aqui constituídas. Após décadas de luta e frustrações, finalmente em 1994 acontece o tão sonhado plebiscito. Assim, Fica criado, pela Lei Estadual Nº 6.125, de 10 de novembro de 1994, o município de São João do Caru, com sede no Povoado São João do Caru, desmembrado do município de Bom Jardim, subordinado à Comarca de Bom Jardim, tendo com gentílico caruense ou são joanense.
Somente em 1997 foi instalado o município, logo após eleições municipais cujo vencedor foi o Senhor James Ribeiro de Sousa.
São João do Caru teve sua emancipação em 1994,
quando aconteceu o plebiscito, respaldado na lei nº. 6.125, votada e
aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, em 11 de
Novembro do mesmo ano, e sancionada pelo Governador da época, José Ribamar Fiquene, surgindo assim um município independente de Bom Jardim.
POLÍTICA
Em 03 de Outubro de 1996, deu-se a primeira eleição
municipal, concorrendo pela a chefia do poder executivo os Senhores:
Manoel Meireles, Sebastião Matos, Marcos Viana e James Ribeiro de Sousa,
sendo eleito este último.
Para o quadriênio de 1997 a 2000, os poderes do município de São João do Caru-MA, ficaria assim constituídos:
PODER EXECUTIVO
PREFEITO E VICE-PREFEITO
James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima
James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima
PODER LEGISLATIVO
CÂMARA DE VEREADORES COMPOSTA POR NOVE VEREADORES
CÂMARA DE VEREADORES COMPOSTA POR NOVE VEREADORES
MESA DIRETORA
José Rodrigues Neto - (Dedezão) Presidente
José Abreu de Oliveira (Marinheiro) - Vice - Presidente
Carlos alberto Pinto Pereira (Carlos do Meleiro) - 1º Secretário
Severo Albuquerque Moreira (Severin) - 2º Secretário
José Maria de Sousa (Zé Elias)
Cláudio Tavares de Matos (Claudionor)
Antonio Joaquim Nascimento (Antonio Davi)
Antonio Paulo Alves do Nascimento (Antonio Ramalho)
Raimundo de Sousa (Currupião)
José Abreu de Oliveira (Marinheiro) - Vice - Presidente
Carlos alberto Pinto Pereira (Carlos do Meleiro) - 1º Secretário
Severo Albuquerque Moreira (Severin) - 2º Secretário
José Maria de Sousa (Zé Elias)
Cláudio Tavares de Matos (Claudionor)
Antonio Joaquim Nascimento (Antonio Davi)
Antonio Paulo Alves do Nascimento (Antonio Ramalho)
Raimundo de Sousa (Currupião)
Em 2000, o nosso município teve outra eleição e a cidade ficou assim sendo governada pelas seguintes pessoas:
PODER EXECUTIVO
PREFEITO E VICE - PREFEITO
James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima
James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima
O Rio Caru nasce na serra do Piracambú ao norte do
município. É um rio permanente, tendo um longo período de cheia, período
em que é grande o tráfego de transportes fluviais, como lanchas, canoas
e rabetas que percorrem todo o seu curso.
De acordo com informações obtidas por antigos moradores, o rio Caru foi muito fértil, constando-se a diversidade e quantidade de peixe que garantiam a subsistência da população, além de atrair também pescadores de outras regiões que vinham a procura de peixe, em grande numero naquela época, o SURUBIM, peixe muito apreciado pelo o paladar (Maranhense) brasileiro. Hoje, o rio já não conta mais com a mesma fartura que se encontrava há certa de três ou quatro décadas atrás. A destruição do Rio Caru, vem se propagando cada vez mais, devido a ação desenfreada e impensada do homem que tem poluído aos poucos um recurso natural que é indispensável para a sua sobrevivência. Diariamente são jogadas quantidades significativas de lixo nas encostas do rio, detritos químicos que provem de esgotos domésticos, além de derrubada da vegetação de suas margens e assoreamento das águas.
VEGETAÇÃO
De acordo com informações obtidas por antigos moradores, o rio Caru foi muito fértil, constando-se a diversidade e quantidade de peixe que garantiam a subsistência da população, além de atrair também pescadores de outras regiões que vinham a procura de peixe, em grande numero naquela época, o SURUBIM, peixe muito apreciado pelo o paladar (Maranhense) brasileiro. Hoje, o rio já não conta mais com a mesma fartura que se encontrava há certa de três ou quatro décadas atrás. A destruição do Rio Caru, vem se propagando cada vez mais, devido a ação desenfreada e impensada do homem que tem poluído aos poucos um recurso natural que é indispensável para a sua sobrevivência. Diariamente são jogadas quantidades significativas de lixo nas encostas do rio, detritos químicos que provem de esgotos domésticos, além de derrubada da vegetação de suas margens e assoreamento das águas.
VEGETAÇÃO
A vegetação caruense é muito variada, refletindo o
seu clima quente e úmido, o qual favorece a predominância de árvores de
grande porte. Apesar do acentuado processo de desmatamento da mata
nativa, ainda é possível encontrar trechos razoáveis de mata tropical
úmida.
Com o que resta da exuberante vegetação, São João do Caru, possui ainda um diversidade de espécie dentre elas algumas em extinção, como: Cedro, Ipê Roxo e Amarelo, Jatobá, Angelin, Bacuri, Maçaranduba, Tatajuba, Sapucaia, etc., além de outras espécies permanentes à mata aberta como o babaçú, tucum, açaí, bacaba e buriti.
A realidade da ambientação regional possui uma situação econômica baseada nas suas atividades no setor primário, através do extrativismo vegetal e agropecuário. Desta forma, o homem passou a interferir no meio ambiente, modificando as partes componentes do sistema, cuja diversidade fica sempre ameaçada por fatores ecológicos de difícil controle podendo, inclusive, levar a perda de espécies ainda desconhecidas. Não tem se preocupado com o meio em que vive, a todo instante, com sua ação incontinente, vem destruindo parcial até totalmente hectares da mata nativa local.
Fazendo uma análise consciente do atual quadro ambiental e sua confrontação com o desenvolvimento econômico da região, nos induz seriamente a mobilizar-nos numa ação para conter esse desastre ambiental.
Com o que resta da exuberante vegetação, São João do Caru, possui ainda um diversidade de espécie dentre elas algumas em extinção, como: Cedro, Ipê Roxo e Amarelo, Jatobá, Angelin, Bacuri, Maçaranduba, Tatajuba, Sapucaia, etc., além de outras espécies permanentes à mata aberta como o babaçú, tucum, açaí, bacaba e buriti.
A realidade da ambientação regional possui uma situação econômica baseada nas suas atividades no setor primário, através do extrativismo vegetal e agropecuário. Desta forma, o homem passou a interferir no meio ambiente, modificando as partes componentes do sistema, cuja diversidade fica sempre ameaçada por fatores ecológicos de difícil controle podendo, inclusive, levar a perda de espécies ainda desconhecidas. Não tem se preocupado com o meio em que vive, a todo instante, com sua ação incontinente, vem destruindo parcial até totalmente hectares da mata nativa local.
Fazendo uma análise consciente do atual quadro ambiental e sua confrontação com o desenvolvimento econômico da região, nos induz seriamente a mobilizar-nos numa ação para conter esse desastre ambiental.
A princípio essa era uma região ocupada apenas por povos nômades, os índios da etnia Awá Guajá, que tinham como costume explorar as margens dos rios e igarapés onde houvesse palmeiras de babaçu e caça.
Os primeiros exploradores começaram a chegar no início da década de 60 e eram caçadores que passavam semanas nas proximidades do rio Caru onde hoje é a praia dos festivais e percorriam veredas abertas onde atualmente é a rua Getúlio Vargas, no entanto, não fixaram morada pois ano após ano seguiam o curso rio a cima, deixando suas marcas como cabanas abandonadas, limoeiros que nasceram das sementes que os mesmo jogavam fora, inclusive após o início do povoamento, o caminho deixado por eles era chamado de vereda do limão, hoje chamada de rua Getúlio Vargas, ficando no entanto parte da rua conservando esse nome, a rua do Limão.
Há ainda o histórico da passagem aqui pela região, no início da década, dos senhores Carlos Gomes e Caetano, que trabalhavam no local onde hoje é o povoado Seringal e que aqui sempre pernoitavam em cabanas sempre que estava de passagem.
Em 1965 o Senhor Aldenor Leôndidas Siqueira acompanhado de outros caçadores oriundos do povoado Barra do Caru, aqui aportaram com o intuito de caçar, pescar e quebrar coco babaçu, permaneceram por alguns dias e após explorar a região, o Sr. Aldenor chegou à conclusão de que esse era um lugar bom para se viver e decidido, chegando de volta à Barra do Caru, convocou aos parentes e vizinhos para se mudarem para o local por ele descoberto e que considerava ideal para uma nova povoação. Um ano após, muitos tinha mudado de ideia, assim, em 17 de julho de 1966 às 14:30h chegaram os primeiros moradores desse novo povoado, o Senhor Aldenor Leôndida Siqueira, sua esposa Joana Fernandes de Oliveira e seu irmão José Leônida Siqueira. No ano seguinte chegaram outras famílias dentre elas, a família do Senhor Faroal Leônida Siqueira, do Senhor Raimundo Nonato Siqueira, e do Senhor José Grande.
Como o objetivo era sobreviver da prática da agricultura dentre outra atividades, lavraram suas primeiras roças de arroz que ficavam exatamente onde hoje é a rua do comércio, que se estendiam desde a esquina da rua do porto onde fixaram sua moradia.
Nessa época, os índios tinham migrado para dois pontos: as margens do rio Caru, hoje porto Franco e as margens do rio Turi por causa da chegada dos colonizadores, e com o aumento significativo da população, consequências terríveis se tornaram inevitáveis, um surto de gripe acometeu aos índios que tinham se adaptado ao contato com os moradores do povoado, e com o isolamento e distância para os povoados mais próximos, morreram centenas de índios chegando a dizimar famílias inteiras. Com a interferência de um casal de antropólogos, Fiorelo e Valéria Aparício, conseguiram capturar e salvar da morte alguns índios, dentre eles os jovens Iapó Guajá e Jeí Guajá.
A princípio, o nome do povoado era Igarapé São João, visto está próximo ao igarapé em cujas margens era abundante uma árvore chamada são-joão (, que nomeou inicialmente ao igarapé e logo em seguida ao povoado. Só mais tarde passaram a denominar São João do Caru, por causa do rio Caru e sua importância para a população. Quanto ao igarapé São João, nessa época importante pela grande quantidade de peixes, era profundo e suas águas eram usadas para o consumo epara lavar roupa, hoje, nem parece que teve tamanha importância para a população caruense, pelo desprezo com que é tratado.
São-joão (Senna spectabilis)
Com a chegada do Senhor Nonato Silveira em 1967, o mesmo empreendeu a construção da primeira congregação da Assembleia de Deus. Já a primeira capela da igreja Católica só foi construída em 1970 pelo Senhor João Miguel. A primeira missa celebrada em solo caruense ocorreu apenas em 1972. O catequista da época era o Senhor Abdias.
As viagens eram feitas de canoa e levavam em média quatro dias para o destino final que quase sempre era Alto Alegre do Pindaré. O rio ainda pouco explorado parecia uma estreita vereda envolta em muitas árvores. Com o tempo, após a retirada do excesso de árvores foi possível o tráfego de barcos movidos a motor. Como na época os barcos eram pequenos e descobertos, receberam o apelido de “periquito pelado”.
Uma atividade econômica que gerava renda para muitas famílias além da agricultura era a extração de madeira. Toras gigantes de cedro eram empurradas rio abaixo e seguidas por canoas até chegarem ao rio Pindaré, quando eram atreladas em forma de balsa e conduzidas até um local próximo ao povoado Bambu, município de Pindaré, chamado Aterro, onde eram comercializadas. Todo o percurso entre São João do Caru e Aterro levava meses para ser concluído. O cedro antes abundante nessa região, infelizmente hoje está extinta.
Fatos marcantes ocorreram no desenrolar da história deste recém-criado povoado, como a tão famosa história do nambu contada pelos antigos moradores. O fato ocorreu em 1970 e um dos envolvidos, irmão do Senhor Aldenor, o Senhor Faroal, tornou-se vítima de um ato impensado que manchou de sangue a nossa história. O senhor Manoel Domingos criava um nambu, vindo o mesmo e ser devorada por um gato de propriedade do senhor Faroal. Houve o desentendimento e consequentemente a morte do Senhor Farol por tiros de espingarda desferidos pelo ressentido Senhor Manoel Domingos.
Em 1978 na administração do senhor Miguel Meireles, prefeito de Bom Jardim, foi construído a estrada vicinal que liga São João do Caru à sede do município, atual MA 318, (mudou apenas o nome, a estrada continua a mesma, sem asfalto e sem tráfego no período das chuvas). Um episódio marcou a finalização da construção: quando o trator que abria a estrada entrava em São João do Caru, trazia um senhor chamado Manoel Cândido que vinha soltando fogos, alegre com a chegada da estrada, acontece que o trator entrou em uma vala, o homem caiu e o trator tombou sobre ele, que morreu minutos depois.
Dentre os vultos de nossa história podemos citar dois grandes guerreiros: O Senhor José Abreu de Oliveira, mais conhecido como Marinheiro e o Senhor José Rodrigues Neto, conhecido como Dedezão.
O Senhor José Abreu de Oliveira instalou moradia fixa no pequeno povoado de São João do Caru em 1970 aos 35 anos de idade e acabou exercendo importante papel na pacificação do povoado que com a distância, o isolamento e o crescimento da população acabava cedendo espaço à violência, assim o Senhor Marinheiro, primeiro delegado do povoado, era procurado para resolver os problemas que surgiam e graças às suas qualidades de homem íntegro e respeitável, acabava aconselhando e pacificando as partes envolvidas. O mesmo foi eleito vereador em 1976 pelo município de Bom Jardim, chegando a ser o segundo vereador mais votado em todo o município, trazendo para São João do Caru benefícios tão necessários para o crescimento do povoado como escolas, pontes, mercado, posto de saúde dentre outros. Devido perseguições políticas, em 1978 partiu para a cidade de Vila Rondon-PA, retornando em 1993 e lutando bravamente pela emancipação do povoado, elegeu-se vereador já pelo recém-criado município de São João do Caru fazendo parte da mesa diretora da primeira composição da Câmara Municipal de Vereadores como Vice-Presidente. Faleceu em 30 de setembro de 2003 deixando um rastro de muita luta, conquistas e dedicação ao município de São João do Caru, cidade que escolheu como terra-mãe.
Escrito por Prof. Rivaldo Rodrigues da Silva
Há ainda o histórico da passagem aqui pela região, no início da década, dos senhores Carlos Gomes e Caetano, que trabalhavam no local onde hoje é o povoado Seringal e que aqui sempre pernoitavam em cabanas sempre que estava de passagem.
Em 1965 o Senhor Aldenor Leôndidas Siqueira acompanhado de outros caçadores oriundos do povoado Barra do Caru, aqui aportaram com o intuito de caçar, pescar e quebrar coco babaçu, permaneceram por alguns dias e após explorar a região, o Sr. Aldenor chegou à conclusão de que esse era um lugar bom para se viver e decidido, chegando de volta à Barra do Caru, convocou aos parentes e vizinhos para se mudarem para o local por ele descoberto e que considerava ideal para uma nova povoação. Um ano após, muitos tinha mudado de ideia, assim, em 17 de julho de 1966 às 14:30h chegaram os primeiros moradores desse novo povoado, o Senhor Aldenor Leôndida Siqueira, sua esposa Joana Fernandes de Oliveira e seu irmão José Leônida Siqueira. No ano seguinte chegaram outras famílias dentre elas, a família do Senhor Faroal Leônida Siqueira, do Senhor Raimundo Nonato Siqueira, e do Senhor José Grande.
Como o objetivo era sobreviver da prática da agricultura dentre outra atividades, lavraram suas primeiras roças de arroz que ficavam exatamente onde hoje é a rua do comércio, que se estendiam desde a esquina da rua do porto onde fixaram sua moradia.
Nessa época, os índios tinham migrado para dois pontos: as margens do rio Caru, hoje porto Franco e as margens do rio Turi por causa da chegada dos colonizadores, e com o aumento significativo da população, consequências terríveis se tornaram inevitáveis, um surto de gripe acometeu aos índios que tinham se adaptado ao contato com os moradores do povoado, e com o isolamento e distância para os povoados mais próximos, morreram centenas de índios chegando a dizimar famílias inteiras. Com a interferência de um casal de antropólogos, Fiorelo e Valéria Aparício, conseguiram capturar e salvar da morte alguns índios, dentre eles os jovens Iapó Guajá e Jeí Guajá.
A princípio, o nome do povoado era Igarapé São João, visto está próximo ao igarapé em cujas margens era abundante uma árvore chamada são-joão (, que nomeou inicialmente ao igarapé e logo em seguida ao povoado. Só mais tarde passaram a denominar São João do Caru, por causa do rio Caru e sua importância para a população. Quanto ao igarapé São João, nessa época importante pela grande quantidade de peixes, era profundo e suas águas eram usadas para o consumo epara lavar roupa, hoje, nem parece que teve tamanha importância para a população caruense, pelo desprezo com que é tratado.
São-joão (Senna spectabilis)
Com a chegada do Senhor Nonato Silveira em 1967, o mesmo empreendeu a construção da primeira congregação da Assembleia de Deus. Já a primeira capela da igreja Católica só foi construída em 1970 pelo Senhor João Miguel. A primeira missa celebrada em solo caruense ocorreu apenas em 1972. O catequista da época era o Senhor Abdias.
As viagens eram feitas de canoa e levavam em média quatro dias para o destino final que quase sempre era Alto Alegre do Pindaré. O rio ainda pouco explorado parecia uma estreita vereda envolta em muitas árvores. Com o tempo, após a retirada do excesso de árvores foi possível o tráfego de barcos movidos a motor. Como na época os barcos eram pequenos e descobertos, receberam o apelido de “periquito pelado”.
Uma atividade econômica que gerava renda para muitas famílias além da agricultura era a extração de madeira. Toras gigantes de cedro eram empurradas rio abaixo e seguidas por canoas até chegarem ao rio Pindaré, quando eram atreladas em forma de balsa e conduzidas até um local próximo ao povoado Bambu, município de Pindaré, chamado Aterro, onde eram comercializadas. Todo o percurso entre São João do Caru e Aterro levava meses para ser concluído. O cedro antes abundante nessa região, infelizmente hoje está extinta.
Fatos marcantes ocorreram no desenrolar da história deste recém-criado povoado, como a tão famosa história do nambu contada pelos antigos moradores. O fato ocorreu em 1970 e um dos envolvidos, irmão do Senhor Aldenor, o Senhor Faroal, tornou-se vítima de um ato impensado que manchou de sangue a nossa história. O senhor Manoel Domingos criava um nambu, vindo o mesmo e ser devorada por um gato de propriedade do senhor Faroal. Houve o desentendimento e consequentemente a morte do Senhor Farol por tiros de espingarda desferidos pelo ressentido Senhor Manoel Domingos.
Em 1978 na administração do senhor Miguel Meireles, prefeito de Bom Jardim, foi construído a estrada vicinal que liga São João do Caru à sede do município, atual MA 318, (mudou apenas o nome, a estrada continua a mesma, sem asfalto e sem tráfego no período das chuvas). Um episódio marcou a finalização da construção: quando o trator que abria a estrada entrava em São João do Caru, trazia um senhor chamado Manoel Cândido que vinha soltando fogos, alegre com a chegada da estrada, acontece que o trator entrou em uma vala, o homem caiu e o trator tombou sobre ele, que morreu minutos depois.
Dentre os vultos de nossa história podemos citar dois grandes guerreiros: O Senhor José Abreu de Oliveira, mais conhecido como Marinheiro e o Senhor José Rodrigues Neto, conhecido como Dedezão.
O Senhor José Abreu de Oliveira instalou moradia fixa no pequeno povoado de São João do Caru em 1970 aos 35 anos de idade e acabou exercendo importante papel na pacificação do povoado que com a distância, o isolamento e o crescimento da população acabava cedendo espaço à violência, assim o Senhor Marinheiro, primeiro delegado do povoado, era procurado para resolver os problemas que surgiam e graças às suas qualidades de homem íntegro e respeitável, acabava aconselhando e pacificando as partes envolvidas. O mesmo foi eleito vereador em 1976 pelo município de Bom Jardim, chegando a ser o segundo vereador mais votado em todo o município, trazendo para São João do Caru benefícios tão necessários para o crescimento do povoado como escolas, pontes, mercado, posto de saúde dentre outros. Devido perseguições políticas, em 1978 partiu para a cidade de Vila Rondon-PA, retornando em 1993 e lutando bravamente pela emancipação do povoado, elegeu-se vereador já pelo recém-criado município de São João do Caru fazendo parte da mesa diretora da primeira composição da Câmara Municipal de Vereadores como Vice-Presidente. Faleceu em 30 de setembro de 2003 deixando um rastro de muita luta, conquistas e dedicação ao município de São João do Caru, cidade que escolheu como terra-mãe.
Escrito por Prof. Rivaldo Rodrigues da Silva
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