Regional


Dentre estes, 03 eram maranhenses: um da Capital, São Luís, outro de Viana e o nosso estudante Paulo Ricardo Moraes Almeida, de Alto Alegre do Pindaré, com sua Crônica “Pequenas Bailarinas”
Foram 125 semifinalistas de todo o Brasil, reunidos em Natal – RN, entre os dias 05 e 08/11/2012, na Etapa Regional da Olimpíada de Língua Portuguesa, categoria Crônica. Dentre estes, 03 eram maranhenses: um da Capital, São Luís, outro de Viana e o nosso estudante Paulo Ricardo Moraes Almeida, de Alto Alegre do Pindaré, com sua Crônica “Pequenas Bailarinas” (Veja mais AQUI!).

Nessa Etapa Regional em Natal, os estudantes, acompanhados por seus professores de Língua Portuguesa, que os auxiliaram na produção dos textos, participaram de oficinas com atividades para definir os textos vencedores que participarão da Etapa Nacional Final em Brasília – DF, entre os dias 08 e 10/12/2012.

Na oficina preparada para os estudantes, cada semifinalista recebeu uma câmera fotográfica com a qual capturou uma imagem de sua escolha e, inspirado nesta imagem, foi convidado a produzir um novo texto, que foi lido pelo próprio autor para todos.

Já na oficina dedicada aos professores, foram realizadas atividades com dicas de como melhorar os textos produzidos pelos alunos.

Depois disso, o resultado: dentre os 125 semifinalistas, somente 38 foram classificados para a Etapa Final. E dos três participantes maranhenses, somente o alto-alegrense Paulo Ricardo Moraes Almeida alcançou essa posição. O que mostra, mais uma vez, o grande potencial artístico presente em nossa população, bem como o sério e comprometido trabalho desenvolvido pela Educação em nosso Município, em especial pela Coordenação de Língua Portuguesa, uma vez que na edição passada também já estivemos em situação semelhante (Veja mais AQUI!).

Além das medalhas os finalistas também receberam livros como incentivo a leitura.
Os 125 semifinalistas receberam medalhas de bronze; os 38 classificados para a Final receberam medalhas de prata; e, dentre estes finalistas, somente 05 serão escolhidos como os vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”/2012 – Categoria Crônica.

Para o estudante Paulo Ricardo Moraes Almeida, a expectativa de participar da Grande Final da OLP é imensa e, com coragem e determinação, deseja estar dentre os 05 vencedores: “Gosto de escrever; e eu vou aproveitar esse potencial ao máximo, pois sei que disso também depende o meu futuro”, falou com alegria estampada no rosto.

Para a professora Maria José de Sousa Silva, a experiência foi marcante, pois, além de auxiliar um estudante na sua formação linguística, viajar e conhecer outros estados, culturas, pessoas é de grande utilidade para a sua vida pessoal e profissional: “Sinto-me muito orgulhosa; e estou emocionada como no dia da minha formatura, pois é o reconhecimento de um trabalho desenvolvido com muita dificuldade devido à realidade de nosso Povoado”, afirmou com os olhos brilhando.

De volta a Alto Alegre do Pindaré, em seu Povoado Três Bocas, o estudante e a professora foram recebidos com muita alegria e com uma festa surpresa preparada para eles pelos moradores locais e pelos colegas de escola, em homenagem e incentivo para continuarem buscando sempre o melhor.

Agora é aguardar a realização da Etapa Nacional Final da OLP, quando, mais uma vez, nosso estudante e nossa professora viajarão à Brasília, levando em suas bagagens as experiências vividas até agora, as expectativas da vitória e, é claro, a nossa realidade e cultura para outros cantos do nosso País.

Boa viagem aos dois! Ficaremos aqui, na torcida e na esperança!

Por Heider Carvalho

Leia na integra o texto.
Título: PEQUENAS BAILARINAS

"Era uma tarde amarela de sol ardente. Muitos lavradores voltavam da roça, peladeiros iam para o campinho como num dia normal. Foi quando se ouviu uma gritaria muito forte. Nesse momento todos retornam ás suas casas, como se fossem preparar-se para uma batalha.

De repente, saem todos desesperados na mesma direção. Os gritos ecoavam por todo o povoado.
O que seria esse chamado misterioso? Será que era uma briga ou uma discussão? Mas não, leitor.
Não era nada de briga e nem de discussão. Era a festa da fartura! Todos os anos de junho a novembro, as tapiacas vem dar o ar da graça, animando a comunidade.

O estranho chamado dizia:

- As tapiacas vão subindo pessoal!

Esse grito de alegria vindo do Rio Pindaré saía da boca das crianças que jogavam bola na praia de areia, tão branca quanto àqueles famosos peixinhos. Num instante, a margem do rio se transforma:
o pescador joga a tarrafa, enquanto o remador domina a canoa. Quando a tarrafa cobre a água, parece um manto abraçando a água e fazendo: tchááááá!
Enquanto isso, a cada tarrafeada que vem cheia de peixe, o povo vibra de alegria.
Na margem há aqueles que vão apenas assistir o espetáculo da piracema.

As exibidas protagonistas capricham ainda mais na apresentação. Elas pulam em grupos como se fossem blocos de carnaval. Vestidas de branco pintam a água de prateado e vão subindo rio acima.
O povo na margem vai enchendo seus cofos de peixes, acompanhando o movimento das pequenas bailarinas.

Todos alegres retornam as suas casas. Na mesma hora, o povoado fica exalado com o cheiro dos peixinhos. É fresco, ou salgado, seco, escalado, assado, cozido ou frito. Huum... com farinha, limão e pimenta é uma delícia! O cheiro toma conta do lugar, chamando atenção de todo mundo.

As tapiacas são a recordação de quando o rio era farto o ano inteiro e não só na época das piracemas. Mas não é culpa do pobre rio."
  •  Veja aqui a lista dos 38 finalistas.

    Oficina de crônicas: Os melhores momentos -  Site da OLP 

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