Regional

Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo disse no Senado que exigência será mantida nos leilões destinados à implantação da banda larga móvel e da comunicação rural

A obrigatoriedade de tecnologia local no leilão das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz — destinadas à banda larga móvel 4G e à comunicação rural, respectivamente — deverá ser mantida pelo governo. A informação é do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que ontem participou de audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Segundo o edital submetido a consulta pública pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até dezembro de 2014, 60% dos investimentos na implantação das novas redes deverão usar produtos nacionais, dos quais 50% de acordo com o chamado processo produtivo básico (PPB) e 10% em produtos com tecnologia brasileira. O índice sobe para 70% a partir de 2017. A exigência é contestada por empresas estrangeiras, que levantam inclusive a possibilidade de recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC).

— Em recente viagem a Barcelona, para um encontro sobre telefonia celular, percebi que alguns estão muito incomodados com isso. Mas, se não adotarmos medidas para fomentar a produção e o desenvolvimento no país, vamos aumentar nosso problema. Temos um déficit enorme na balança comercial [desse setor]. Não achamos que isso fira condições da OMC — disse Paulo Bernardo.

Em sua apresentação aos senadores da comissão, o ministro estabeleceu entre as metas para a banda larga 4G, até maio de 2013, alcançar todos os municípios onde haverá jogos da Copa das Confederações. Até dezembro de 2013, deverão ser atendidas todas as sedes e subsedes da Copa do Mundo de 2014. E, até maio de 2014, a nova banda larga deverá estar disponível em todos municípios com mais de 500 mil habitantes.

Comunicação rural

Paulo Bernardo ressaltou a importância da licitação da faixa de 450 MHz, destinada à comunicação rural. A faixa será oferecida a investidores no início da licitação, prevista para junho. Caso não haja interessados, serão ofertados blocos conjuntos de 450 MHz e 2,5 GHz.

O ministro admitiu as dificuldades para implantar a rede em regiões onde há baixa densidade populacional, mas observou que a implantação do novo sistema permitirá “saldar uma dívida” com as populações do campo.

Como explicou o presidente da Anatel, João Rezende, a comunicação rural pela faixa de 450 MHz deverá atender, até dezembro de 2015, 100% dos municípios da área licitada, com acesso a dados à velocidade de 256 Kbps. A partir de 2017, a transmissão de dados deverá ter uma velocidade maior, de 1Mb. O critério para essa faixa será o menor preço ao consumidor.

— A faixa de 450 MHz terá um preço simbólico. Mas vamos exigir garantias, para que a operadora não deite sobre a faixa. Não queremos aventureiros — afirmou o presidente da Anatel.

Fonte: Diário do Congresso

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