Regional



Ao longo da ferrovia Carajás ( Parauapebas – PA - São Luis – MA ) foram achados vários sítios arqueológicos. Em Alto Alegre do Pindaré, até agora foram encontrados dois: povoados de Roça Grande e Altamira. A Scientia Consultoria Científica, empresa especializada que atua no chamado Corredor Carajás desde 2004, fez escavações e recolheu farto material produzido por nossos ancestrais. São vasos cerâmicos e outros fragmentos que provam que nossa região começou a ser habitada desde muito tempo. O material seguiu para análise de laboratório para ser estudado, datado e catalogado. Depois disso deve ficar em exposição para visitação em nosso município, processo que deve durar aproximadamente dois anos no mínimo por ser um trabalho muito delicado.



Além das escavações, a empresa faz um trabalho educativo com palestras, exibição de documentários nas escolas nas comunidades, oficinas e palestras para professores com o objetivo de esclarecer qual a importância cultural desses sítios para a história dessas comunidades. Como parte desse trabalho foi realizada a Semana de Arqueologia, de 19 a 21 de maio de 2011, em Roça Grande e Altamira com grande participação popular nos dois povoados. Na sede do município, em 11 de agosto houve uma palestra para professores de toda a rede municipal e demais interessados (profissionais de serviço social, saúde etc.) na parte da manhã e à tarde os professores participaram de oficinas e depois mostraram os trabalhos desenvolvidos em suas escolas (Altamira e Roça Grande) através de relatos, fotografias e vídeos.

Para nós moradores de Alto Alegre essa descoberta é de grande importância do ponto de vista das nossas origens e também da visibilidade que este fato pode dar para a cidade. Entre muitas possibilidades podemos citar o interesse de estudiosos em visitar os sítios e com isso gerar emprego e renda para a população local; o desenvolvimento de trabalhos artísticos a partir da iconografia presente nos vasilhames cerâmicos encontrados que, através de um estudo bem minucioso, podem se tornar produto artesanal com estampas em camisetas, chaveiros, esculturas em cerâmica etc., produtos com a identidade da cidade e, futuramente,  quem sabe até a criação de um museu.

 Sonho? Não! São possibilidades que através de uma visão mais aprofundada podem perfeitamente ser transformadas em fatos concretos.

Fotos: Francisco Cavalcante e Walter Fernades

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